Do inquieto oceano da multidão
veio a mim uma gota gentilmente
suspirando:
- Eu te amo, há longo tempo
fiz uma extensa caminhada apenas
para te olhar, tocar-te,
pois não podia morrer
sem te olhar uma vez antes,
com o meu temor de perder-te depois.
- Agora nos encontramos e olhamos,
estamos salvos,
retorne em paz ao oceano, meu amor,
também sou parte do oceano, meu amor,
não estamos assim tão separados,
olhe a imensa curvatura,
a coesão de tudo tão perfeito!
Quanto a mim e a você,
separa-nos o mar irresistível
levando-nos algum tempo afastados,
embora não possa afastar-nos sempre:
não fique impaciente - um breve espaço
e fique certa de que eu saúdo o ar,
a terra e o oceano,
todos os dias ao pôr-do-sol
por sua amada causa, meu amor.
(Tradução: Geir Campos)
“Obra Original: WALT WHITMAN “
http://eurooscar.com/poesoutros/walt1.htm
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Obra de : Mario Quintana
Livro:(Espelho Mágico)
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante o amor.
Obra de : Carlos Drummond de Andrade
http://eurooscar.com/poesoutros/drum1.htm
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar, solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: o amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na conha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesmo de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Obra de : Carlos Drummond de Andrade
O amor não tem outro desejo senão
o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amar é precisar ter desejos,
sejam estes os vossos desejos:
De se diluir no amor e ser como um riacho
que canta a sua melodia para a noite...
De conhecer a dor de sentir ternura de mais...
De se ferir por vossa própria compreensão do amor ...
De sangrar de bom grado e com alegria...
De despertar na aurora com o coração alado
e agradecer por um novo dia de amor...
De descansar ao meio-dia e meditar sobre o êxtase do amor...
De tornar à casa de noite, com gratidão ...
E de adormecer com uma prece no coração, para o ser bem amado,
e nos lábios uma canção de bem aventurança ...
Obra de : Khalil Gibran
http://eurooscar.com/poesoutros/gibr1.htm
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